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O inconsciente realmente existe?

 
O inconsciente realmente existe? O inconsciente realmente existe?

Quando se fala em inconsciente, muita gente torce o nariz. Não é raro encontrar pessoas que associam a teoria do inconsciente à pseudociência, como se fosse algo místico, distante da realidade concreta. Você já ouviu alguém dizer que isso não passa de invenção? Que a psicanálise é apenas uma teoria antiga sem base científica? Esse pensamento é mais comum do que se imagina. O inconsciente, para muitos, parece ser apenas uma ideia vaga, sem comprovação real. Mas será que é mesmo assim?


A verdade é que boa parte dessas críticas vem de um cenário onde o uso do termo "inconsciente" é distorcido. Sim, muitos pseudoterapeutas sem formação adequada se aproveitam dessa noção de forma equivocada, utilizando métodos que não têm qualquer respaldo científico. Mas será que isso invalida a existência do inconsciente? Não! Muito pelo contrário. Há uma base científica sólida que sustenta a ideia de que ele existe, e muitos estudos sérios apontam para isso. A questão é que nem sempre essa base é compreendida por todos.


Freud foi o primeiro a trazer uma definição clara do inconsciente. Para ele, essa parte da mente era um repositório de desejos, memórias e sentimentos que ficam fora da nossa percepção consciente. E mais: essas forças inconscientes têm um papel crucial na forma como agimos e sentimos. Ao longo do tempo, a própria psicanálise foi se moldando, evoluindo. Teóricos e pesquisadores reviram conceitos, ampliaram interpretações, mas a ideia central de Freud permaneceu: muito do que somos e fazemos é guiado por processos inconscientes.


Mark Solms, um neurocientista e psicanalista de renome, é um dos que defendem a existência concreta do inconsciente. Solms aponta que processos inconscientes são evidentes no cérebro, especialmente em regiões responsáveis pelas emoções e pelo comportamento. Ele afirma, com base em pesquisas neurocientíficas, que decisões e comportamentos muitas vezes são influenciados por partes do cérebro que não acessamos conscientemente. Outra ideia forte de Solms é que o inconsciente não é algo abstrato; ele pode ser mapeado e estudado pela ciência, o que reforça sua realidade.


A neurociência afetiva de Jaak Panksepp também traz uma leitura interessante sobre o inconsciente. Panksepp estudou como sistemas emocionais básicos, presentes em humanos e animais, influenciam nosso comportamento sem que tenhamos plena consciência disso. O sistema de busca, por exemplo, nos motiva a agir em direção a um objetivo sem que a gente precise pensar conscientemente sobre ele. É como se o inconsciente nos empurrasse para tomar decisões sem que percebêssemos o porquê.


Diante de tudo isso, o que é o inconsciente hoje? Podemos dizer que é uma parte do nosso sistema mental que opera fora da nossa consciência, mas que afeta profundamente nossos comportamentos, emoções e pensamentos. Não é mais apenas uma ideia abstrata da psicanálise; é algo que a neurociência está cada vez mais entendendo e comprovando. O inconsciente é real, mensurável e tem implicações práticas na nossa vida.


E por que isso importa? Porque quanto mais tomamos consciência do que está no nosso inconsciente, mais conseguimos lidar de forma saudável com nossas emoções e atitudes. Tornar o inconsciente consciente é um passo essencial para uma saúde mental mais equilibrada. Nossos traumas, medos e desejos reprimidos estão lá, e ignorá-los só nos faz mais reféns de suas consequências. Trazer essas questões à tona é um processo de libertação.


Nesse sentido, o desenvolvimento terapêutico proposto pelo IGM permite que o inconsciente seja trabalhado de forma mais direcionada, usando métodos que integram psicanálise e neurociências. Ao explorar o inconsciente de maneira prática e científica, o IGM oferece uma via de transformação pessoal e emocional.


No fim das contas, a pergunta não é mais se o inconsciente existe. A verdadeira questão é: o que você está fazendo para tornar o seu inconsciente cada vez mais consciente? Afinal, só assim podemos tomar as rédeas da nossa vida de forma plena, com saúde mental e emocional. Como disse Freud, "Onde estava o id, que venha o ego."



Autoria: Wesley Allisson

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